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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Venda de remédios para emagrecer tem regras mais rígidas

Uma das medidas limita quantidade do remédio que médico pode prescrever por receita.
Brasil é campeão mundial no consumo desses medicamentos.

Do G1, com informações do Jornal Hoje

O Ministério da Saúde altera as regras sobre a venda de remédios para emagrecer. Hoje, o Brasil é o campeão mundial no consumo desses medicamentos.

Têka perdeu os movimentos do corpo e não fala há um ano e oito meses. Ela teve um derrame quatro meses depois que começou a tomar um remédio para emagrecer, por conta própria. "Só nós sabemos o sofrimento que estamos passando. Ela, com a enfermidade. Nós, da família, com o tratamento", diz o marido dela, o funcionário público Ivo Oliveira.

Os brasileiros são os campeões mundiais no consumo de inibidores de apetite. Para reverter esse quadro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aumentou o controle sobre a venda desses medicamentos.

Uma das medidas limita a quantidade do remédio que o médico pode prescrever em cada receita. Antes, era permitido um estoque para até dois meses. Agora, o paciente só poderá comprar o necessário para um mês de tratamento.

O presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, diz que essa nova restrição vai ajudar também a combater um tipo de venda ilegal. "A prescrição em uma receita de três caixas levava muitas vezes o paciente, pelo custo do tratamento, ou por qualquer outro motivo, a adquirir apenas uma caixa e a receita autorizava a farmácia a ficar com duas caixas que não foram comercializadas e, em tese, teriam saído do seu estoque. Em casos criminosos, isso poderia levar à comercialização por um mercado paralelo."

A resolução determina também as doses máximas de cada substância que o paciente pode tomar. E proíbe o uso de inibidores associados com laxantes, diuréticos, remédios para ansiedade ou depressão.

"Se ele [paciente] procurar um médico e o profissional orientar mudança de vida, atividade física, nutrição, ele deve fazer isso. Se sair com uma receita de mais um medicamento, desconfie", diz o presidente regional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, Neuton Dornelas Gomes.