Por Fábio Lopes
A conta de luz veio alta sem razão aparente? Antes de pôr a culpa no governo, nas empresas prestadoras do serviço ou no medidor, a primeira medida a ser tomada é fazer uma análise da utilização da energia elétrica em sua residência, pois a origem do problema pode ser o desperdício.
O desperdício decorre de vários fatores. Dentre eles, destacaremos dois muito importantes, mas que passam despercebidos aos olhos mais atentos: produtos funcionando em “stand by” e lâmpadas incandescentes.
Alguns eletro-eletrônicos possuem um modo de funcionamento denominado “stand by”, que em português significa “em espera”. Os equipamentos providos desse recurso parecem estar desligados, mas, com um toque no botão “liga/desliga” do controle remoto passam a funcionar. Isso ocorre porque há consumo de energia elétrica quando estão “em espera”.
Sem dúvida, o “stand by” representa um grande conforto. Mas, ao longo do tempo, o gasto pesa no bolso. Além disso, se somarmos o consumo de todos os equipamentos com este recurso existente nos diversos lares de nosso país, certamente, nos assustaremos com o montante de energia elétrica desperdiçada.
Lâmpadas Incandescentes
As lâmpadas incandescentes são utilizadas em larga escala no Brasil. O seu uso é difundido em razão de ser facilmente encontrada no comércio e por seu baixo preço.
O desperdício provocado pelas lâmpadas incandescentes decorre de seu processo de funcionamento. Como a produção de luz se dá por meio do aquecimento de um filamento metálico, cerca de 80 % da energia elétrica gasta no processo se transforma em calor. Ou seja: para produzir deixar o ambiente iluminado, o consumidor joga fora 80 % de energia.
A solução para esse problema é simples. Basta substituir as lâmpadas incandescentes pelas eletrônicas. Além de mais duráveis, são muito mais econômicas. Exemplo: uma lâmpada eletrônica de 20 W (Watts) ilumina tanto quanto uma incandescente de 100 W. São 80 W de economia, aproximadamente.
É também importante lembrar que o combate ao desperdício é uma atitude ecologicamente correta. O consumo desnecessário exige a criação precoce de novas usinas e isso implica, necessariamente, na exploração de recursos naturais e em emissão de rejeitos no meio ambiente.
Portanto, aqui vai um conselho: fique atento ao consumo de luz em sua residência. A culpa pelos gastos elevados pode ser sua.
Dicas de consumo (fonte: Meio Ambiente e Consumo – Coleção Educação para o Consumo Responsável)
- Sempre que puder usar um aparelho elétrico fora do horário de pico de consumo (entre 18 e 21 horas), faça isso. Você estará colaborando para evitar uma sobrecarga na rede, responsável por apagões inesperados.
- Dar preferência a lâmpadas fluorescentes, compactas ou circulares. Elas consomem menos energia e duram mais que as outras.
- Apagar a luz sempre que sair de um cômodo.
- Evitar o uso de chuveiro elétrico nos horários de pico
- Evitar o uso do ferro elétrico quando vários aparelhos estiverem ligados na casa para não sobrecarregar a rede elétrica.
- Não abrir a porta da geladeira sem necessidade.
- Verifique se a borracha de vedação da geladeira tem boa vedação. Para isso, utilize uma folha de papel entre a borracha e a vedação. Feche a porta. Se o papel sair facilmente, está na hora de trocar a borracha.
- Não forrar as prateleiras com plástico. Isso dificulta a circulação do ar, o que força o equipamento a funcionar por mais tempo.
- Na hora da compra da geladeira ou do freezer, adquira a mais econômica da categoria. Para isso, consulte o selo PROCEL.
- Utilizar a máquina de lavar com a capacidade máxima.
- Instalar um ar condicionado apropriado para o tamanho do ambiente.
- Manter portas e janelas fechadas quando o ar condicionado estiver ligado.
Dúvidas? Entre em contato conosco: consumidorcidadao@bol.com.br
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