da Folha Online
Um levantamento realizado nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Salvador e Curitiba e nas cidades de Campinas e Ribeirão Preto, em São Paulo, revela que 74,5% dos consumidores pesquisados não sabem as taxas de juros embutidos nas operações de empréstimo.
A pesquisa, elaborada pela Fractal, envolveu consumidores com salários acima de R$ 250 e com idade a partir de 20 anos.
De acordo com o estudo, com o crescimento na geração de empregos para salários baixos, na faixa de três salários mínimos (R$ 1.140), as financeiras e bancos estão vendo nas classes C, D e E um bom negócio no que diz respeito ao mercado de crédito.
Esses consumidores, optam por financeiras e bancos que aprovem o crédito de forma rápida, tenham baixa taxa de juros, limite de crédito adequado a sua necessidade e maior prazo para o primeiro pagamento.
O que mais importa para o cliente, no entanto, é o valor da prestação. Se ela cabe no bolso, ele compra o produto, mesmo que no final acabe pagando o dobro do preço que pagaria se o item fosse comprado à vista.
Entre os produtos oferecidos por bancos e financeiras, os que tiveram crescimento na demanda no último ano foram cartões de crédito e financiamentos do tipo CDC (Crédito Direto ao Consumidor). Dos consumidores que vão as financeiras, 50% procuram por CDC e 59% pelo cartão de financiamento (vestuário e alimentos).
De acordo com a pesquisa, o movimento resulta em novos consumidores. A classe de baixa renda pode comprar produtos que antes não podia, entre eles está o carro zero. O aumento de 6% do uso do cartão de crédito de banco e 4% do empréstimo financeiro pré-aprovado em financeiras, também contribuiu para o crescimento no número de consumidores.
Segundo a pesquisa, o consumidor das classes C, D e E gasta, em média, R$ 245 mensais com a prestação do carro financiado. Isso é mais do que o aluguel do imóvel onde vive que fica em média R$ 236. Outra peculiaridade é o pagamento da fatura do cartão de crédito. Ele está entre as cinco prioridades de pagamento de contas, antes mesmo do aluguel do imóvel.
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