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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Juros do cheque especial e empréstimos sobem em agosto, afirma Procon

da Folha Online

Levantamento realizado pelo Procon-SP aponta que, em agosto, as taxas médias de juros registraram alta para empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. A pesquisa analisou as taxas de dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

Segundo o Procon-SP, a taxa média cobrada pelos bancos no empréstimo pessoal foi de 5,69% ao mês, superior à do mês de julho, que estava em 5,67%. No cheque especial, a taxa média foi de 8,97% ao mês, contra 8,83% no mês passado.

"As taxas médias estão se aproximando das praticadas em 2003. Tanto naquele ano quanto agora, a piora das expectativas inflacionárias influenciou as decisões do Banco Central impedindo uma maior flexibilização da política monetária", afirma em comunicado o Procon-SP.

A pesquisa verificou que das dez instituições bancárias pesquisadas, três elevaram a taxa do empréstimo pessoal e sete mantiveram a mesma taxa de julho. As altas foram no banco Bradesco, que elevou de 5,87% ao mês para 5,97%; no Itaú, que alterou de 6,58% para 6,64%; e HSBC, que subiu a taxa de 4,81% para 4,82%.

No cheque especial, segundo o Procon-SP, cinco dos dez bancos pesquisados elevaram a taxa mensal. Banco Safra, de 11,79% para 12,30% ao mês; Real, que subiu de 8,90% para 9,28%; e Bradesco, com alteração de 8,39% para 8,58%, registraram as três maiores altas.

Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em julho, a taxa Selic subiu 0,75 ponto percentual e atingiu 13% anuais. "Pesou para essa decisão, o aumento dos preços dos alimentos. Com a alta da inflação, o gasto com alimentação acaba comprometendo uma parte maior da renda familiar disponível para outros bens, o que gera impacto no consumo", explica a entidade.

Segundo o Procon-SP, o consumidor deve avaliar se é realmente necessário utilizar o limite do cheque especial ou contratar empréstimo pessoal, já que as taxas de juros praticadas pelo mercado financeiro estão ainda mais elevadas. "Não havendo escapatória, o consumidor deve pesquisar outras modalidades de crédito com taxas de juros e condições contratuais mais atraentes".