Educação permite que pessoas façam planejamento do longo prazo, dizem organizadores.
Argumentam que mais conhecimento pode contribuir para formação de poupança.
Do G1, em Brasília
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Secretaria de Previdência Complementar (SPC), que formam um grupo de trabalho com o objetivo de desenvolver estratégias para educação financeira, colocaram no ar um site, com o nome de Vida e Dinheiro, para ouvir as experiências da população e ajudá-las no seu planejamento financeiro.
"A educação pode atuar diretamente nas variáveis pessoais e sociais, contribuindo para formar ou amadurecer uma cultura de planejamento de vida, capaz de permitir que a pessoa, conscientemente, possa resistir aos apelos imediatistas e planeje no longo prazo as suas decisões de consumo, poupança e investimento", dizem os organizadores no site.
Os órgãos governamentais que participam do grupo de trabalho dizem que as mudanças econômicas, sociais e tecnológicas dos últimos anos têm apontado para "urgência na implementação de ações com o objetivo de educar financeiramente a população, e não apenas no Brasil". "No mundo inteiro, o mercado financeiro está cada vez mais sofisticado e novos produtos são oferecidos continuamente ao público", avaliam.
Consciência de riscos e oportunidades
Os organizadores da página argumentam ainda que, por meio da educação financeira, consumidores e investidores "aperfeiçoam sua compreensão dos produtos financeiros e também desenvolvem habilidades e segurança para se tornarem mais conscientes dos riscos e oportunidades, para fazerem suas escolhas e para saberem onde buscar ajuda, melhorando assim a relação com suas finanças".
"As medidas para proteger os consumidores dos produtos financeiros, por meio de regulação, fiscalização e sanção, serão tanto mais efetivas quanto maior for a sua sincronia com os esforços educacionais", avaliam os organizadores.
Dizem ainda que a existência de "maior grau de conhecimento" de finanças pessoais tende promover uma inclusão mais ampla de segmentos da população que estejam à margem do sistema financeiro, além de contribuir para a formação de poupança.
Iniciativas já existentes
Segundo os organizadores, o portal também tem o objetivo de reunir as experiências de iniciativas de educação financeira já existentes no Brasil, formando, com isso, um "grande inventário nacional dessas ações". "No site da ENEF há espaço para que quaisquer entidades ou pessoas físicas relatem sua experiência com o tema educação financeira desenvolvido no Brasil", acrescentam.
Os integrantes do grupo de trabalho informam ainda que querem conhecer as iniciativas de educação financeira existentes em todo o território nacional. "O site foi criado com o propósito de conseguir registrar todas as ações e projetos de educação financeira em andamento. Para que isso aconteça o grupo de trabalho espera que as entidades que desenvolvam projetos deste tipo se cadastrem. Dessa forma o grupo terá condições de avaliar as possibilidades de integração e até de aproveitar as experiências bem sucedidas", informam.
Pesquisa nacional
O grupo de trabalho informa ainda que realizará também outras iniciativas para perceber o nível de conhecimento da população brasileira quando o assunto é finanças pessoais e investimentos como, por exemplo, a realização de uma pesquisa nacional para analisar o grau de conhecimento da sociedade sobre finanças, já em andamento.
"A pesquisa será importante para balizar as propostas de trabalho que resultarão na estratégia de educação financeira, a ser apresentada pelo grupo até o final deste ano", acrescentam.
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