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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Com alta do petróleo, brinquedos devem ficar mais caros após Natal

LUC OLINDA
da France Presse, em Nova York (da base de dados da Folha Online)

Os brinquedos deverão ficar mais caros no mundo inteiro com a disparada dos preços do petróleo --componente de base do plástico, matéria-prima presente em grande parte da diversão das crianças. O reajuste dos preços dos brinquedos, no entanto, só deve chegar ao mercado com mais força depois do Natal.

Os preços do barril do petróleo subiram US$ 40 desde o início do ano e estão encostando nos US$ 100. Esta disparada atingiu em cheio a indústria do brinquedo --71% dos produtos são à base de plástico, que representa cerca de 40% do custo final de uma peça, segundo a TIA (sigla em inglês para Federação americana dos brinquedos).

Como os preços dos brinquedos encomendados são fixados geralmente com mais de seis meses de antecedência, para este Natal, a despesa do Papai Noel não será maior. "São os fabricantes que vão sustentar a alta este ano, não os consumidores", informou a TIA.

Mas, em 2008, o petróleo caro vai aumentar os preços do plástico e do transporte da Ásia, apontam os industriais do setor. Os custos dos testes adotados na China para evitar desgaste maior de sua imagem, após a série de retirada do mercado de produtos potencialmente perigosos para crianças, também devem pesar.

A China produz 80% dos brinquedos vendidos no mundo, e a alta do petróleo pesa também muito sobre os fabricantes locais, porque eles são quase sempre pagos em dólar, que vem caindo em relação ao yuan.

O aumento para os consumidores será de aproximadamente 10%, avalia o setor. Por outro lado, fabricantes e distribuidores estão buscando soluções alternativas: comercialização de brinquedos em madeira e tecido e procura de novos fornecedores. Outros apostam nos produtos de alta categoria e tentam produzir brinquedos mais sofisticados, que custarão entre 10% e 20% mais caro.