LUC OLINDA
da France Presse, em Nova York (da base de dados da Folha Online)
Os brinquedos deverão ficar mais caros no mundo inteiro com a disparada dos preços do petróleo --componente de base do plástico, matéria-prima presente em grande parte da diversão das crianças. O reajuste dos preços dos brinquedos, no entanto, só deve chegar ao mercado com mais força depois do Natal.
Os preços do barril do petróleo subiram US$ 40 desde o início do ano e estão encostando nos US$ 100. Esta disparada atingiu em cheio a indústria do brinquedo --71% dos produtos são à base de plástico, que representa cerca de 40% do custo final de uma peça, segundo a TIA (sigla em inglês para Federação americana dos brinquedos).
Como os preços dos brinquedos encomendados são fixados geralmente com mais de seis meses de antecedência, para este Natal, a despesa do Papai Noel não será maior. "São os fabricantes que vão sustentar a alta este ano, não os consumidores", informou a TIA.
Mas, em 2008, o petróleo caro vai aumentar os preços do plástico e do transporte da Ásia, apontam os industriais do setor. Os custos dos testes adotados na China para evitar desgaste maior de sua imagem, após a série de retirada do mercado de produtos potencialmente perigosos para crianças, também devem pesar.
A China produz 80% dos brinquedos vendidos no mundo, e a alta do petróleo pesa também muito sobre os fabricantes locais, porque eles são quase sempre pagos em dólar, que vem caindo em relação ao yuan.
O aumento para os consumidores será de aproximadamente 10%, avalia o setor. Por outro lado, fabricantes e distribuidores estão buscando soluções alternativas: comercialização de brinquedos em madeira e tecido e procura de novos fornecedores. Outros apostam nos produtos de alta categoria e tentam produzir brinquedos mais sofisticados, que custarão entre 10% e 20% mais caro.
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