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quinta-feira, 3 de abril de 2008

Decepção com plano de saúde

Regras já valem, mas cliente não tem acesso a serviço de saúde

Tiana Ellwanger
Do O Dia Online

Rio - Depois de comemorar a determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que operadoras de planos de saúde incluam 100 novos procedimentos sem, por enquanto, cobrar nada por isso, a musicista Tatiana Carneiro Ceschini, 27 anos, se decepcionou ontem, primeiro dia das novas regras. Com pedido médico em mãos, ela ouviu de seu plano, o Assim Saúde, que a empresa ainda não estava adaptada e que teria que esperar para fazer as sessões de fonoaudiologia recomendadas pelo médico.

“Liguei para o plano, disse que gostaria de saber como poderia fazer para ter sessões com um fonoaudiólogo. Mas a atendente me disse que a operadora ainda não estava adaptada e que tinha recebido orientação para pegar os contatos dos clientes e retornar depois”, contou a professora de música e cantora, que tem fendas nas cordas vocais pelo excesso de uso da voz.

Em nota, o Assim Saúde garante que “já possui especialistas em fonoaudiologia em sua rede própria de hospitais e clínicas preparados para atender a associados”.

E acrescenta: “Hoje (ontem), primeiro dia de validade do novo rol de procedimentos da ANS, houve aumento significativo no número de ligações de usuários com dúvidas sobre as novas regras. O serviço de Teleatendimento do Assim Saúde está sendo treinado e orientado para melhor atender e informar corretamente os associados”. As operadoras tiveram 90 dias para se adaptarem às determinações.

Usuários podem reclamar com ANS e Procon

Casos como o de Tatiana devem ser reportados à ANS pelo telefone 0800-7019656. O Procon do Rio também atua sobre as relações entre usuários e planos. Para saber o posto mais próximo de casa e os documentos necessários, é preciso ligar para 151.

Pela determinação da ANS, as novas coberturas deveriam estar sendo oferecidas pelas operadoras desde ontem. Entre os novos serviços, estão sessões com nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, cirurgias de redução de estômago, de miopia para quem tem entre 5 e 10 graus, vasectomia, laqueadura e colocação de DIU, além de análise de DNA para várias doenças genéticas, mamografia digital e cirurgias por vídeo.

O Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo e a Unimed entraram com ação na Justiça para tentar suspender o novo rol.